Hoje é uma segunda, e por um motivo desconhecido o primeiro dia da semana se descansa, mas no segundo nos arrastamos carregando os últimos suspiros do desejo de que o primeiro nunca se acabe.
É chato, todo mundo sabe, e o melhor seria falar sobre o final do dia pois geralmente nada de interessante acontece no expediente normal, principalmente às segundas. Então, quando termina o dia, nós mortais, nos libertamos desta obrigação nada natural e eventualmente a maioria vai para casa vivenciar suas verdadeiras dúvidas, repletas de alegrias, tristezas, sonhos, lembranças e paixões.
Quando se fala desta forma a existência cria uma periferia poética, como se tudo se resolvesse ao dissolvermos a rotina em nossas buscas pessoais provavelmente sem solução. Então, no final da segunda caminhamos em direção aos terminais urbanos, aos milhares em todos os lugares, como formigas cegas tateando-se umas às outras.
As filas são extensas, onde estão um número de pessoas que rotineiramente se encontram no mesmo ônibus, e você imagina que nada se alterou, que a segunda realmente se perpetuará eternamente com seus grilhões ideológicos. Todos desistem e zumbimente se acomodam nos lugares que encontram e só sobram imagens que estão lá fora, tão normais, desprovidas de significados.
O ônibus vai partir e o último olhar para o vazio cotidiano se detêm fossilizado na qualidade sutil do ser humano, a elegância. Aquele ponto que nosso olhar se conserva num universo de imagens que se alteram, mas que podemos perceber pois nos chama atenção de uma forma admirável, delicada e cativante. Era você, discretamente elegante, “pretinho-básico”, de formas suaves no andar gracioso que se distanciou numa simbiose com a multidão.
O instante perfeito temporalmente é pequeno, mas a lembrança de uma imagem significativa, engrandece a vida, torna o pitoresco bonito, mexeu comigo, me fez pensar em você.
É chato, todo mundo sabe, e o melhor seria falar sobre o final do dia pois geralmente nada de interessante acontece no expediente normal, principalmente às segundas. Então, quando termina o dia, nós mortais, nos libertamos desta obrigação nada natural e eventualmente a maioria vai para casa vivenciar suas verdadeiras dúvidas, repletas de alegrias, tristezas, sonhos, lembranças e paixões.
Quando se fala desta forma a existência cria uma periferia poética, como se tudo se resolvesse ao dissolvermos a rotina em nossas buscas pessoais provavelmente sem solução. Então, no final da segunda caminhamos em direção aos terminais urbanos, aos milhares em todos os lugares, como formigas cegas tateando-se umas às outras.
As filas são extensas, onde estão um número de pessoas que rotineiramente se encontram no mesmo ônibus, e você imagina que nada se alterou, que a segunda realmente se perpetuará eternamente com seus grilhões ideológicos. Todos desistem e zumbimente se acomodam nos lugares que encontram e só sobram imagens que estão lá fora, tão normais, desprovidas de significados.
O ônibus vai partir e o último olhar para o vazio cotidiano se detêm fossilizado na qualidade sutil do ser humano, a elegância. Aquele ponto que nosso olhar se conserva num universo de imagens que se alteram, mas que podemos perceber pois nos chama atenção de uma forma admirável, delicada e cativante. Era você, discretamente elegante, “pretinho-básico”, de formas suaves no andar gracioso que se distanciou numa simbiose com a multidão.
O instante perfeito temporalmente é pequeno, mas a lembrança de uma imagem significativa, engrandece a vida, torna o pitoresco bonito, mexeu comigo, me fez pensar em você.