A confiança no outro se refaz a cada ato de verdade. Mas não é possível esperar que tudo seja verdadeiro em todo ato, é preciso tolerar, compreender, aceitar, porque esperamos muito e nem sempre nossa satisfação é possível. Esta afirmação causa desconforto, porque ser humano é estar sujeito as tempestades da existência, e supera-las, geralmente da forma mais simples, com paciência.
Confiar é desprender-se do juízo de que algo pode estar acontecendo quando não vemos, quando não sentimos ou quando não estamos. Confiar é estar de bem com o outro, independente da relação que se estabeleça e independente da nossa capacidade de imaginar as maiores tramas. Confiar não é saber, é comprometer-se de forma irreversível e honrosa para com os seres que compartilham nossa existência.