Era o que poderia ser
Chuva nas costas
Pés cheios de lama
Os bolsos vazios
E a cabeça...
Cheia de esperança.
Foi o que poderia ter sido
O sol queimando o lombo
Os pés em bolhas
O passado distante
E a cabeça...
Leve ao vento.
Longa estrada de muitas vidas
A de cada um com todos
De pé, de joelhos, se arrastando
Pulando, correndo, descansando.
Em frente para várias direções
Dando voltas sem dar as costas
Indo, revendo, vendo ir,
Cruzando horizontes
Para avistar outros,
Andando sobre espinhos,
Sobre mares, sobre nuvens
Voando na imaginação.
Marcon, Julho de 1999